terça-feira, 8 de março de 2011
FAL é vendida por R$ 12,5 milhões
O grupo Estácio anunciou ontem a aquisição da Faculdade de Natal (FAL), após um ano e meio de negociação. A cifra investida foi de R$ 12,5 milhões, com parte do pagamento para os sócios e outra parte em assunção de obrigações. Assim, a Estácio passará a contabilizar 4 mil alunos e 185 professores, com aulas em quatro campi distribuídos na capital potiguar.
Esta é a segunda negociação envolvendo uma grande faculdade privada de Natal, ao longo de cinco anos. Em 2007, a Laureate adquiriu 60% das ações da Universidade Potiguar (UnP).
A Estácio já está presente na cidade desde 2002, através da Faculdade Estácio de Natal (FEN), antiga Câmara Cascudo. E, para representantes da companhia, a transação representa um crescimento importante em Natal, considerada uma importante capital nordestina. De acordo com o diretor de relações institucionais da Estácio, João Barroso, o interesse em Natal surgiu por ser uma das principais capitais das regiões Norte e Nordeste, que constituem o mercado educacional com maior crescimento dentro do Brasil.
Barroso diz que, para os alunos da instituição de ensino natalense, a compra pela Estácio dará acesso a diversas vantagens, como ter a oportunidade de se candidatar a vagas de estágio e emprego em diferentes estados brasileiros. “Há um plano de estágio e emprego nacional, que qualquer aluno da instituição pode se candidatar e através do qual foram oferecidas, somente no ano passado, 120 mil vagas. Assim, ele pode ter acesso a um estágio em São Paulo, Florianópolis ou Goiânia, por exemplo”, explica.
A FAL possui hoje 2,4 mil alunos matriculados em seus cursos presenciais de graduação e pós-graduação, divididos em três unidades na capital do Rio Grande do Norte. “E eles não sentirão qualquer mudança imediata, já que a direção, a coordenação e os professores continuarão os mesmos. Não haverá modificação na área acadêmica ao longo do primeiro semestre deste ano, que teve início em 1º de fevereiro”, garante o diretor geral da FAL, Eduardo Holder.
O diretor da Faculdade de Natal conta que a negociação correu de forma tranquila e foi realizada com o intuito de formar uma parceria, para que haja continuidade no trabalho que já vem sendo desenvolvido na instituição. “Só que acrescentando na estrutura e na qualidade do ensino. Daqui para a frente, deverá haver uma melhoria nas salas de aula, laboratórios, sistema de informática e material didático”, completa Holder.
Instituições
A (FAL) iniciou suas atividades em 1999, com os cursos de ciências contábeis e administração de empresas. Hoje, conta com 11 cursos autorizados pelo Ministério da Educação (MEC).
O grupo Estácio tem 40 anos e começou oferecendo o curso de direito, na cidade do Rio de Janeiro, com a Universidade Estácio de Sá. Hoje, a companhia agrega 30 instituições de ensino no Brasil, entre universidades, centros universitários e faculdades, estando presente em 36 cidades de 17 estados do país e também no Paraguai, em um total de 69 campi.
Planos da Estácio são de inovação
A Estácio pretende inovar na rede de ensino superior brasileira, com o fornecimento de tablets para seus alunos, que permitirão o acesso a todo o conteúdo pedagógico utilizado em cada semestre e diferentes ferramentas de ensino. Em agosto deste ano, mais de cinco mil alunos de Direito, dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, começarão a receber os equipamentos e a previsão é de que os cerca de 216 mil alunos da instituição, bem como todos os professores, tenham acesso aos tablets ao longo dos próximos cinco anos.
A escolha dos estados do Sudeste brasileiro para dar início ao projeto ocorreu por esta ser a região que abrigou as primeiras atividades da instituição.
O diretor de relações institucionais da Estácio explica que, além do material didático, o tablet vai trazer outros conteúdos, como biblioteca virtual, com mais de mil obras, projeto pedagógico do curso e planos de aulas. “O material didático será composto por capítulos integrais das melhores obras por disciplina, que podem ser conseguidos através de uma parceria entre a Estácio e a ABDR (Associação Brasileira dos Direitos Reprográficos). E isso é interessante também, porque o aluno poderá acessar as informações de qualquer lugar, basta levar o seu tablet”, diz João Barroso.
Outro ponto que a introdução da nova tecnologia deverá contemplar é a inclusão digital, uma vez que tanto alunos quanto professores receberão treinamento, para que aprendam a utilizar os equipamentos. “Será uma novidade para a universidade e para os alunos. É uma iniciativa totalmente inovadora”, ressalta Barroso.
A migração do material em papel, que hoje é fornecido gratuitamente, para o meio digital vai gerar uma economia anual de 6 milhões de páginas e algo em torno de 240 milhões de páginas em cinco anos.
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