terça-feira, 16 de agosto de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO ENVIADA PELO VEREADOR ADEILSON ALVES

Mesmo que eu não fosse homem de vida pública, ainda assim deveria prestar à sociedade, para reposição da verdade e em respeito à minha dignidade, os esclarecimentos que seguem adiante, referentes a um lastimável episódio no qual fui envolvido no último domingo, dia 8 de agosto, que ganhou repercussão em jornais, portais de notícias e blogs.

Na matéria, que parece ser a mesma em vários veículos de informação, guardadas pequenas alterações verificadas entre determinados textos, está dito que eu em dirigi até a padaria de proprietário de Robson Mendes da Rocha, na cidade de Macaíba, e aí lhe roubei um aparelho de microondas, o que eu teria feito para a garantia de uma dívida de R$ 64,00 (sessenta e quatro reais).

Ainda segundo o texto publicado em jornais, portais e blogs, eu teria proferido ameaça e ainda me apresentado como policial federal.

Por tudo isso, sugerem as publicações, eu teria sido preso pela Polícia de Macaíba.

Fiquei triste porque, além de todo o episódio, não fui procurado por qualquer pessoa para a apresentação da minha versão, que, mais do que isto, é a absoluta verdade sobre o que realmente aconteceu.

Agora, para o bem da verdade, vamos aos fatos, como eles realmente aconteceram.

É sabido por todos de Janduís que, além de exercer o ofício de Vereador no referido Município, o que faço com enorme dedicação, também tenho um pequeno negócio, em meio ao qual eu levo para Macaíba, para serem ali vendidos, produtos do sertão semiárido, como é o caso do queijo, uma verdadeira iguaria da culinária sertaneja. E assim o faço porque não vejo o cargo de vereador como “meio de subsistência”, entendendo ser necessário que busquemos no trabalho fora do Parlamento o sustento pessoal e da família, como, aliás, assim agem meus colegas da Casa Legislativa janduinse.

Em Macaíba, entrego os produtos, para revenda, também, ao senhor Ronaldo Garcia de Aguiar, que é também cidadão de Janduís, que ganha a vida, honestamente, na cidade de Macaíba.

No mencionado dia 7 de agosto, estava eu em Macaíba (onde também tenho residência, sem jamais, porém, desligar-me do meu domicílio, que é Janduís, onde tenho residência), quando fui convidado pelo senhor Ronaldo Garcia de Aguiar, para ir a determinado local, dentro do perímetro urbano.

Por conhecer Ronaldo há muitos anos e nunca ter ouvido falar de algo que pudesse desabonar a sua conduta, fui, sem eu saber o que realmente se passava na mente de Ronaldo, até a padaria do senhor Robson Mendes da Rocha, que eu sabia ser pessoa que mantinha negócios habituais com Ronaldo.

Lá chegando, fiquei no carro, do lado de fora do estabelecimento, aguardando o retorno de Ronaldo, que informou que a passagem pelo estabelecimento comercial de Robson seria rápida, pois, segundo Ronaldo, Robson havia prometido lhe pagar, naquele dia, uma dívida decorrente dos negócios que os dois entabulavam com frequência.

Por informações de Ronaldo, fiquei sabendo que ele, Ronaldo, perguntou por Robson, sendo informado por uma senhora que este (Robson) não estaria no local, sendo aconselhado por dita senhora que voltasse posteriormente para receber o seu crédito.

Espontaneamente, agindo por conta própria, Ronaldo pegou um forno microondas que estava no interior daquele estabelecimento comercial de Robson, levando-o consigo até o carro onde eu estava.

Sem nada me explicar, Ronaldo colocou o mencionado aparelho no meu veículo, imaginando eu que o fato seria normal, decorrente de algum acordo firmado com Robson ou pessoa dele, não tendo como eu dar corpo a conclusões diversas, porque, como disse, conheço Ronaldo há anos e sempre o reputei pessoa de hábitos corretos, obediente à lei e aos costumes e regras sociais tidos como corretos.

Saímos do local e deixei Ronaldo na sua residência, indo logo após para a minha. Segundo informações de Ronaldo, este foi contatado via telefone por Robson, e os dois marcaram encontro num local (Posto Ramalho), onde Robson pagaria a dívida a Ronaldo e este lhe devolveria o forno microondas.

Ronaldo foi então noutro veículo, de propriedade de um cunhado seu, e acabou não sendo reconhecido por Robson, que já estava no local com a Polícia.

Depois, fui chamado à Delegacia de Polícia, para prestar esclarecimentos, e assim o fiz, dizendo à autoridade policial competente exatamente o que agora esclareço ao povo amigo de Janduís e do Rio Grande do Norte.

As minhas palavras foram confirmadas pelo depoimento de Ronaldo, que assumiu sozinho toda a responsabilidade pelo lastimável evento, do qual só tomei conhecimento quando, na forma já relatada, acabei envolvido.

Então, desfazendo as inverdades jogadas no lamaçal da boataria, tenho a dizer que não fui preso; que não roubei nem subtraí qualquer objeto de terceira pessoa; e, ao contrário do que está na matéria amplamente veiculada, também não ameacei qualquer pessoa.

Aliás, quem me conhece bem, sabe que sou incapaz desses atos (roubar, ameaçar), pois, muito antes de entrar para o mundo da política de me tornar homem de vida pública, recebi dos meus pais, sertanejos de princípios firmes, ensinamentos sobre valores sociais, morais e religiosos, que moldaram a minha conduta para o resto de minha vida, colocando-me a salvo de praticar ações delitivas ou mesmo ilícitas ou que pudessem macular a minha imagem e, principalmente, a de meus pais, que sempre ensinaram aos seus filhos o que é correto, o que é legal, o que é justo.

Também não me apresentei a ninguém como policial federal ou outra autoridade policial. Na padaria de Robson, sequer falei com qualquer pessoa, pois todo o diálogo foi travado entre Ronaldo e a pessoa que ali se encontrava. Como eu disse, fiquei do lado de fora daquele ambiente comercial, sem saber ao certo o que se passava.

Na Delegacia de Polícia, quando indagado, disse apenas que sou vereador e atual presidente da Câmara Municipal de Janduís, e não vejo nisso qualquer ilicitude ou desonra. Apenas relatei fatos que, além de verídicos, muito me orgulham.

São esses, pois, e nenhum outro, os fatos acontecidos no dia 7 de agosto, não tendo havido de minha parte qualquer conduta que possa ser jurídica ou socialmente reprovada.

Reposta a verdade dos fatos, fico à disposição de quantos queiram, para prestar (ou reiterar) os esclarecimentos necessários, pois, como diz o povo em sua infinda sabedoria, quem não deve não teme.

Janduís-RN, 9 de agosto de 2011.

ADEILSON ALVES DE MEDEIROS

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