Após o blog "Brasil que Vai!" trazer a tona um assunto referente a documentos divulgados pelo site de denúncias Wikileaks, o nome do jornalista William Waack, âncora do jornal da noite da "Rede Globo", passou a ser intensamente comentado entre redes sociais. Os documentos, que teriam sido publicados pelo site há quase dois meses, apontam Waack como um informante do governo dos Estados Unidos, com forte influência política no Brasil.
Muitas informações tramitantes acabaram não sendo confirmadas, porém, o site de notícias "JB online" confirmou parte das versões com a jornalista Natalia Viana, que é responsável pelo espaço da Wikileaks no Brasil. Segundo a repórter investigativa, Waack chega a ser citado por três vezes como informante da Casa Branca. Dois dos documentos em que constam o nome do jornalista global foram considerados como "confidenciais".
Em uma das passagens, é relatada a visita de um porta-aviões dos Estados Unidos em maio de 2008. O documento emitido informaria que a Embaixada Americana havia classificado a repercussão do evento na mídia como "positiva", e citaria diretamente o nome de William Waack como tendo ajudado a evidenciar o lado positivo que existe nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos durante suas reportagens para o jornal "O Globo".
Em um segundo documento, as eleições presidenciais de 2011 são o destaque. No caso, em fevereiro de 2010 o atual âncora da "Rede Globo" teria informado aos norte-americanos que, após um fórum econômico em São Paulo, havia tido a impressão de que Ciro Gomes era o mais preparado entre os candidatos, José Serra era "claramente competente" enquanto Dilma teria sido vista como incoerente.
O terceiro documento apresentado teria registrado um erro de previsão feita por Waack. Nele constaria que em agosto de 2009, o jornalista manteve contatos com funcionários da Casa Branca, aos quais teria apontado que Serra e Aécio Neves tinham concordado em apresentar uma candidatura para presidente e vice, respectivamente. O fato não aconteceu. Na época, Aécio chegou a tentar concorrer como presidente pelo PSDB, mas terminou como candidato ao Senado por Minas Gerais.
Em uma publicação de outubro de 2010, pela coluna Wikileaks, Natalia Viana já havia escrito sobre as informações de Waack consideradas pela inteligência dos Estados Unidos. No texto, a repórter afirma que a conselheira Lisa Kubiske alertava o governo norte-americano sobre as tendências no Brasil a partir de análises de jornalistas brasileiros. O trecho foi publicado durante um texto que fala de um estudo projetado pelo governo norte-americano acerca a atual presidente Dilma Rousseff.
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